A -B -C -D -E -F -G -H -I -J -K -L-M -N- O- P- Q- R- S- T- U- V- W- X- Z

Frases de Luiz Gonzaga

Frases famosas de Luiz Gonzaga

Frases de Cantores Luiz Gonzaga


Gostaria que lembrassem que sou filho de Januário e Dona Santana. Gostaria que lembrassem muito de mim; que esse sanfoneiro amou muito seu povo, o Sertão. Decantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes. Decantou os valentes, os covardes e também o amor.

Eu criei tanta coisa que, hoje, sabendo de todos o sanfoneiros parados que tem por aí, eu devo deixar o meu lugar. Porque não sou mais sanfoneiro nem cantor, porque sou simplesmente Luiz Gonzaga, um velho com gogó bom. Não ganho dinheiro mais como sanfoneiro, ganho como Luiz Gonzaga.

Eu como cantador pobre, sabia que a cidade grande não ia me dar oportunidade, então eu gravava meus discos e ia procurar o meu público lá nos matos. Nos estados longínquos. Esse povo vinha me ouvir e as praças ficavam cheias.

Eu arranjava patrocinadores no local e, às vezes, levava patrocinador do sul que tinha pretensões no Nordeste. Me davam cartazes. Eu cantava na praça pública, nos coretos, nos circos e até nos quartéis. Eu chegava nas cidades do interior com os meus discos, cantava na praça pública, vendia o meu peixe. Foi sempre no Nordeste que eu me arrumei.

Eu queria cantar o Nordeste. Eu tinha a música, tinha o tema. O que eu não sabia era continuar. Eu precisava de um poeta para escrever aquilo que eu tinha na cabeça, de um homem culto para ensinar as coisas que eu não sabia. Eu sempre fui um bom ouvidor. Cheguei até a enganar que era culto!

Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão,que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes, os valentes, os covardes, o amor.

Pelo tamanho do copo se conhece o bebedor; pelo roncado do fole se conhece o tocador. (Morena Bela)

Tenho visto tanta coisa nesse mundo de meu Deus, coisas que prum cearense não existe explicação. Qualquer pinguinho de chuva fazer uma inundação, moça se vestir de cobra e dizer que é distração. Vocês cá da capital me adesculpe esta expressão. No Ceará não tem disso não.

De noite eu me sentava bem juntinho ao fogão
Rosa trazia o cachimbo, Creuza trazia o tição
Com a viola no peito, tirava uma canção
De hora em hora tomava um golinho de quentão.
(Aquilo sim, que vidão)

Fica mal com Deus quem não sabe dar. Fica mal com Deus quem não sabe amar. (Fica Mal com Deus)

Não conto anedota porque não convém, a alegria que eu tenho não dou a ninguém. (Pão Duro)

Não dou esmola, não faço favor, não ajudo a ninguém, sou pão duro, vivo bem. Quem quiser que faça assim como eu também. (Pão Duro)

Vem ca, cintura fina, cintura de pilão, cintura de menina, vem ca meu coração. (Cintura Fina)

Tu es mulher pra homem nenhum botar defeito, por isso satisfeito, com você eu vou dançar. (Cintura Fina)

Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
(A Morte do Vaqueiro)

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
(A Morte do Vaqueiro)

Minha toada é mensageira da paz e minhas músicas sempre foram cristãs.

Olha pro céu, meu amor vê como ele está lindo, olha praquele balão multicor como no céu vai sumindo. Foi numa noite, igual a esta que tu me deste o coração, o céu estava, assim em festa pois era noite de São João. Havia balões no ar, xóte, baião no salão e no terreiro o teu olhar, que incendiou meu coração! (Olha Pro Céu)

Não é preciso que a gente fale em miséria, em morrer de fome. Eu sempre tive o cuidado de evitar essas coisas. É preciso que a gente fale do povo exaltando o seu espírito, contando como ele vive nas horas de lazer, nas festas, nas alegrias e nas tristezas. Quando faço um protesto, chamo a atenção das autoridades para os problemas, para o descaso do poder público, mas quando falo do povo nordestino não posso deixar de dizer que ele é alegre, espirituoso, brincalhão. Eu sempre procurei exaltar o matuto, o caboclo nordestino, pelo seu lado heróico. Nunca usei a miséria desvinculada da alegria.